sábado, 22 de novembro de 2014

Estética : resumo reflexivo

Estética é o ramo da Filosofia que explora a arte como fundamento do conhecimento. Embora a expressão "estética" tenha uso recente para designar essa área filosófica com Alexander Baumgarten, ela já era abordada sob outros nomes desde a Antiguidade. Aos poucos, a estética passou a abranger toda a reflexão filosófica que tem por objeto as artes em geral ou uma arte específica. Engloba tanto o estudo dos objetos artísticos quanto os efeitos que estes provocam no observador, abrangendo os valores artísticos e a questão do gosto. A experiência estética decorre numa atmosfera afetiva, pois o ser humano é um ser sensível, captando cognitivamente os objetos que o rodeia através dos seus sentidos, manifestando sentimentos de alegria, de júbilo, de prazer e tristeza face a estes, quer sejam de origem humana ou natural. Valorizando-os afetivamente, atribuindo-lhes valor estético, elevando-os do plano da utilidade para o plano da contemplação estética. Através da contemplação estética o sujeito participa ativamente na interpretação do objeto: interpretando-o subjetivamente, criando ou recriando o objeto na sua psique, experimentando, enfim, o prazer estético, e, às vezes, de tal forma intensa, que transcende para um outro “cosmos” (subjetivo) - criado pela sua mente, pelos seus sentimentos face ao objeto, permanecendo alheio e alterno ao mundo real, no seu heterocosmos. É importante ter um estudo mais profundo sobre a estética. Conseguimos isso separando quais conceitos formam a estética, a começar pela beleza. A beleza é uma percepção individual caracterizada normalmente pelo que é agradável aos sentidos. Esta percepção depende do contexto e do universo cognitivo do indivíduo que a observa. O belo depende muito da sociedade e de suas crenças. Outro valor estético é a fealdade (feio), esse seria o contrário do belo, aquilo que é ausente, sem forma, sem rosto, sem harmonia ou equilíbrio. Entretanto, ao falarmos da arte como representação, o feio deixa ser ausência de beleza e passa a ser a má representação do real, em outras palavras, o feio é a ausência de arte ou não-arte. A arte desafia nosso intelecto tanto quanto nossas capacidades perceptivas e emocionais. Quando no expomos a uma obra de arte – seja ela erudita ou popular – de peito aberto, sem preconceitos e sem impor limites à experiência, todo o nosso ser, tudo o que somos, pensamos e sentimos, se faz presente e contribui para o surgimento de um sentido no sensível 1 . 1 ARANHA, Maria Lucia de Arruda, e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia, p. 402-404.